segunda-feira, 23 de novembro de 2009

EDUCAÇÃO DOS SURDOS

A educação dos surdos, assim como a educação em geral, está sempre mudando através dos tempos. Os métodos de ensino para surdos variaram da Língua de sinais, Oralismo, Bilinguismo e o Bimodalismo ou Comunicação Total. Em 1880, um Congresso Internacional realizado em Milão, com o objetivo de discutir o melhor método de ensino de educação dos surdos, resolveu que seria o Oralismo, que consiste na técnica de leitura labial onde o sujeito surdo deve ler e interpretar o movimentos dos lábios de alguém que fala. Este método só é útil quando o interlocutor fala de frente, com clareza e devagar e ainda assim, a maioria dos surdos não consegue ler grande parte das informações. Durante os mais de cem anos de predominância do Oralismo, os resultados do desenvolvimento da fala, do pensamento e aprendizagem dos surdos foi muito pequeno e, somente na década de 60 foi proposto o uso simultâneo da Oralização com a Língua de sinais, chamado de Comunicação Total.
Em 1994, reuniram-se na Espanha representantes de mais de 80 países e assinaram a Declaração de Salamanca, um importante documento que garantia os direitos educacionais a todas as crianças, ordenando que as escolas devam acolhe-las, independente de condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais ou lingüísticas numa política de inclusão que coloca um professor ouvinte, despreparado, que não conhece a Língua de sinais, em escolas que não têm espaço para participação e autonomia do aluno surdo para que desenvolvam sua identidade e sua cultura.
Um documento elaborado pela união da comunidade surda propondo uma educação melhor “A Educação que nós surdos queremos”, propõe o fim da política de inclusão, pois trata o surdo como deficiente além de levar as escolas de surdos ao fechamento e/ou ao abandono do processo educacional pelo aluno.

Um comentário:

Patrícia_Tutora PEAD disse...

Oi Sandra, pensando sobre a eduação de surdos, o que vislumbras como desafio? Abraços