sábado, 16 de maio de 2009

Modelos Pedagógicos

Pedagogia não-diretiva

Como disseram alguns colegas, a pedagogia não-diretiva é mais difícil de ser encontrada porque a maioria dos professores passa no mínimo três anos se preparando para transmitir conhecimentos através de técnicas e procedimentos pedagógicos então, quando se vê diante de uma turma é automático, é instintivo conduzir uma aprendizagem. No entanto, se olharmos mais atentamente ao nosso redor, reconheceremos este modelo em alguns colegas que já estão em final de carreira, aguardando aposentadoria, cansadas que estão de dedicar seu tempo e sua vida por anos a fio para crianças de todas as raças, credos, costumes e famílias. Já as ouvi dizer que agora chega, que as professoras mais novas que estão iniciando agora que façam a sua parte, que enquanto a aposentadoria não chega elas trazem uma grande quantidade de material, coloca-os numa mesa e pede que alguém escreva uma atividade no quadro e deixa que eles pesquisem as resposta no material disponível. Sei que há profissionais assim em todas as profissões mas penso que, como formadores, não podemos nos permitir tal atitude.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Revista Pátio Online

Entrevista

Fernando Becker

As concepções epistemológicas professadas pelos docentes e como elas se refletem em suas práticas é um dos assuntos mais caros atualmente ao professor Fernando Becker. Orientador de diversos trabalhos de mestrado e doutorado das mais diferentes áreas de conhecimento, incluindo história, física, matemática, português, pedagogia, engenharia, psicologia, arquitetura e artes, o professor da Faculdade de Educação da UFRGS também tem entre suas prioridades traduzir para o meio educacional as concepções de desenvolvimento e aprendizagem da epistemologia genética, de Piaget e da Escola de Genebra, procurando, aqui e ali, promover encontros fecundos com a obra de Paulo Freire, estruturando uma visão pedagógica que contemple basicamente a ação do sujeito enquanto logra êxitos e enquanto se apropria das ações exitosas. É a partir dessa perspectiva e com esse conhecimento de causa que Fernando Becker fala nesta entrevista sobre as contribuições atuais das diferentes abordagens teóricas sobre a aprendizagem e como a ciência tem ajudado a compreender seus processos.

Leia a entrevista na íntegra em Revista Pátio Online



É A VIDA SE RENOVANDO!!!

1 ANINHO DE MUITAS ALEGRIAS...



... e de muitas saudades


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Há muito o que debater...

INCLUSÃO DE ALUNOS ESPECIAIS


Iniciei minha carreira numa escola que tinha classe especial com professora qualificada para atender as necessidades dos alunos e concordo plenamente contigo quando relatas que haviam progressos significativos ao ponto de passarem para as classes regulares. Eu mesma recebi um aluno que ficou três anos na primeira série e veio para a minha turma de segunda série apenas um pouco mais lento que os outros conseguindo acompanhar esta e as séries seguintes. Já outros alunos daquela classe permaneceram no mesmo nível mental porém, foram crescendo fisicamente e com os hormônios em ebulição, davam "verdadeiros bailes" nas professoras que ficavam permanentemente alertas para que não houvesse alguma cena imprópria para os pequenos.
Concordo com a colega Roselaine ( Fórum 2009-04-14 ) quando diz que é uma crueldade com as crianças e também com a professora, ficar horas e horas dentro de uma sala se o que a criança quer é espaço, liberdade, movimento. Mas a professora tem mais 25, 27 alunos e conteúdos a desenvolver. Na minha escola tem uma professora que, separada, trabalha 60 horas para sustentar a casa. Em um dos turnos trabalha com alfabetização já há bastante tempo. Há uns cinco anos atrás precisou fazer cirugia para corrigir uma miopia que estava se agravando. Durante a recuperação houve descolamento de retina e a coisa ficou pior do que estava, e ela ainda tem que fazer cirugia na outra vista, só que tem medo de que aconteça o mesmo problema. Para mim essa professora é deficiente visual apesar de não ter nascido assim, de ter ficado assim com a idade ( ela está perto dos 50 anos ). Pois no ano passado ela recebeu um aluno com síndrome de Down! Eu nem acreditei! Este menino ficava andando pela sala, mexendo com os colegas, deitava no chão... E sabem o que a mãe diz??? Que por ela ele estaria numa escola especial mas o Conselho Tutelar não deixa. Então eu pergunto: Quem são as pessoas que compõem o conselho tutelar? Elas têm alguma qualificação? Até onde eu sei são pessoas comuns, da comunidade, sem nenhuma formação pedagógica, que apenas se candidatam , fazem campanha e são eleitas, atraídas por um salário significativo. Que experiência essas pessoa têm para colocar tamanha responsabilidade sobre os ombros de outras pessoas?

Modelos Pedagógicos

RELAÇÃO ENSINO/APRENDIZAGEM
Pedagogia Diretiva

Oi, pessoal!!! Também sou "jurássica" e como tal estudei numa época em que predominava o modelo diretivo, ainda mais que era colégio de freiras, onde se policiava até o que se ia dizer. E não tinha lero, se não soubese a tabuada salteada era castigo de pé atrás da porta com "a cara virada prá parede". A mesma coisa se não soubesse o ponto que era sorteado na hora dentre os vários que eram marcados no dia anterior para serem "tomados". A professora tinha a supremacia do conhecimento e do poder. Os conteúdos eram passados no quadro ( inclusive as provas ) explicados sem questionamentos e só nos restava decorar. Eu tinha dificuldades de fazer a ligação entre conteúdo e vida prática e hoje uma das minhas maiores preocupações é mostrar para meus alunos a utilidade do que está sendo aprendido. E apesar de ter participado de inúmeras oficinas e cursos construtivistas, muitas vezes me percebo em atitudes da teoria empirista.

2009


ANO NOVO... VIDA NOVA...



Dicotomia


E agora José, digo CLAUDE???


O antropólogo francês Claude Lee vai até uma ilha da Polinésia com a missão de pesquisar os hábitos e costumes dos nativos, que são muito diferentes da cultura dos franceses. Decidido a não julgar o modo como vivem, Claude se vê envolvido num dilema entre seus princípios e a crença dos habitantes da ilha. Eles acreditam quem homens de pele branca são mensageiros dos deuses e que sempre deverão ser obedecidos. Eles então perguntam para o antropólogo “se você tem a pele branca então você é um mensageiro dos deuses, ou nossas crenças estão erradas?’’
Fiel a seus princípios de não interferir na cultura dos nativos decide mentir dizendo que “sim, eu sou um mensageiro dos deuses” e aí ele está mentindo duas vezes: ao dizer que era um mensageiro dos deuses e quando concorda que todos os homens brancos são mensageiros dos deuses.
Como bem disse uma colega no fórum: “... uma mentira leva a outra...” mas então como fazer: dizer a verdade e interferir na crença deles ou manter a mentira e deixá-los vulnerável a pessoas brancas inescrupulosas.
Claude agiu em conformidade com a crença dos nativos que, independentemente da sua visita, estariam vulneráveis, não só aos inescrupulosos como a quaisquer pessoas que fatalmente descobrirão a ilha. Ao mesmo tempo que fere seus princípios violando, por um curto espaço de tempo, sua ética, mantém inalterada a sua postura diante da cultura de seu povo.